EMPREGO COM CARTEIRA TEM MELHOR OUTUBRO DESDE 92, MAS 2020 ESTÁ NEGATIVO
O Brasil abriu 394.989 vagas de emprego com carteira assinada em outubro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério da Economia. É o quarto mês seguido de saldo positivo e o melhor resultado desde 1992, quando foi iniciado o levantamento.
Os números de outubro são resultado de 1.548.628 contratações e 1.153.639 demissões. Com isso, o total de empregos com carteira no Brasil chegou a 38.638.484, o que representa aumento de 1,03% em relação a setembro.
Em 2020, porém, o balanço ainda é negativo: nos dez primeiros meses do ano, foram perdidos 171.139 empregos, em meio à crise causada pela pandemia de coronavírus.
Os dados do Caged consideram apenas vagas com carteira assinada. Há uma outra empresa, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que é mais ampla, levando em conta empregos informais. Segundo o dado mais recente dessa pesquisa, o desemprego bateu recorde no Brasil em setembro, com 13,5 milhões de desocupados e uma taxa de desemprego de 14%.
Em 25.11.2020, o Paulo Guedes já tinha adiantado que os números que seriam divulgados seriam positivos. “Tivemos Caged positivo nos últimos meses e amanhã tem mais. É possível que a gente termine o ano perdendo 200 mil ou 300 mil empregos. Isso é um quarto do que foi perdido na recessão de 2015 e na recessão de 2016”, afirmou, em participação com o presidente Jair Bolsonaro em um encontro com investidores promovido pelo Grupo Voto.
Regiões e estados
Todas as cinco regiões do país tiveram resultado positivo em outubro. Em números absolutos, o melhor saldo é do Sudeste, com criação de 186.884 postos de trabalho.
O Sul teve saldo positivo de 92.932 postos; o Nordeste, de 69.519 empregos formais; o Centro-Oeste, de 25.024; e o Norte, de 20.658.
Entre os estados, São Paulo, com 119.261 novas vagas, Minas Gerais, com 42.124, e Paraná, com 33.008, tiveram os maiores saldos positivos.
Nenhum estado terminou o mês com saldo negativo.
Fonte: Uol