Mercado de trabalho e negociações coletivas: balanço de 2023
O Salariômetro, projeto desenvolvido FIPE, realizou um balanço das negociações coletivas depositadas página Mediador do Ministério do Trabalho e Previdência Social no ano de 2023, e constatou importantes tendências que podem ser visualizadas mediante seu Boletim de Dezembro/2023.
Pontuamos:
1. As normas coletivas depositadas ao longo do ano de 2023 possuíram como reajuste médio 5,5%, percentual este 1 ponto percentual acima da inflação;
2. Todos os meses de 2023 foram marcados por reajustes salariais acima do INPC, sendo o mês de maio o que possuiu maior percentual, com 89,8% das normas fixando reajustes superiores ao índice, e o mês de março o menor, com 63,8%:
3. Nessa linha, em comparação com o ano de 2022, o ano de 2023 foi marcado por um percentual médio de 78,2% de normas coletivas fixando reajuste salarial acima do INPC frente a apenas 27,4% no ano de 2022. Destaca-se que a tendência das normas depositadas no ano de 2022 foi a fixação de reajustes salariais em percentuais iguais (35,1% das normas) ou inferiores ao INPC (37,5% das normas):
4. Dentre as atividades com maior quantidade de instrumentos negociados x reajuste real mediano (RRM), tem-se que a Construção Civil, com 1.699 instrumentos, foi a categoria com maior fixação de RRM (1,52% acima do INPC), Indústria metalúrgica (896 instrumentos, com 1,17%); Transporte, Armazenagem e Comunicação (3.710 instrumentos, com 1,17%), Bares, restaurantes, hotéis, similares e diversão e turismo (1.026 instrumentos, com 1,06%), Indústria de alimentos (1.449 instrumentos, com 0,94%) e Comércio atacadista e varejista (2.311 instrumento, com 0,50%).
5. As análises econômicas realizadas por duas instituições financeiras (Itaú e Santander) projetam que o INPC tenderá a permanecer entre 2,7% a 4,2% entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, com previsão de queda em meados de 2024 (junho, com 2,7% e máxima em dezembro de 2024, com 4,2%).
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