“Não é um bicho de sete cabeças”, diz consultora sobre alterações da NR-1

A consultora de gestão de saúde corporativa e diretora executiva da MedH, Ana Luisa G. Coelho Seleme, explicou durante evento realizado pelo GCB, que as medidas adotadas em relação aos riscos psicossociais nas empresas devem seguir a mesma lógica de outros riscos.
“Não é um bicho de sete cabeças. É preciso fazer mapeamento dos riscos psicossociais da mesma forma que se faz com os riscos físicos, biológicos e ergonômicos”, disse a consultora.
Ela trouxe alguns dados que demonstram a importância dessa alteração na NR-1. A pandemia foi um divisor de águas para se falar da questão da saúde mental no âmbito laboral. Houve um crescimento de 68% de doenças com CID F (transtornos mentais).
Atualmente a ansiedade é o transtorno que gera mais afastamentos e a depressão é a que gera afastamento por mais tempo. Em 2022, o burnout passou a ser reconhecido como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Isso tudo mostra a necessidade de preocupação maior com a saúde mental no ambiente de trabalho”, concluiu.
Ana Luisa também falou sobre os impactos financeiros para empresa advindos do adoecimento mental dos colaboradores.
“Enquanto os trabalhadores saudáveis, há um alto valor agregado. Caso o trabalhador adoeça, o custo começa a crescer. São custos com o plano que encarece, também é preciso pagar até 15 dias de afastamento, fazer treinamento de substitutos e ter as consequências de ter um substituto não tão preparado”, pontuou.
Sobre o evento
O escritório Gomes Coelho & Bordin realizou nesta quinta-feira (3/4) o evento “Gestão de Riscos Psicossociais: Mudanças na NR-1 e estratégias para a sua empresa”. Em formato de talk show, o encontro foi moderado pelo sócio Luís Alberto Gomes Coelho e contou com a participação da consultora em gestão de saúde corporativa e diretora executiva da MedH, Ana Luisa G. Coelho Seleme; do chefe da Seção de Relações de Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Paraná, Luiz Fernando Favaro Busnardo; e do médico e diretor executivo da Livon, Rodrigo Tanus.