Prevenção adequada de riscos psicossociais garante crescimento da empresa, explica representante do MTE
O chefe da Seção de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Fernando Favaro Busnardo, adverte sobre a importância das empresas agirem preventivamente em relação aos riscos psicossociais. Ele participou do evento realizado pelo GCB Advogados, a respeito das alterações na NR1.
“Os autos de infração têm presunção de veracidade. Fica muito mais difícil de a empresa coletar elementos depois”, explicou Busnardo. “A empresa tem que ter provas de que está tentando enfrentar o problema. O mais grave é a omissão”, acrescentou.
Diante das dúvidas de gestores em relação ao que configuram riscos psicossociais, o representante do MTE deu alguns exemplos:
“Um ambiente hostil, com metas inalcançáveis ou quando pessoas são mudadas frequentemente de setor sem receber treinamento”. Segundo ele, situações como essas geram tensão e podem resultar em riscos psicossociais no ambiente de trabalho. “Se não prevenir, pode acontecer [o adoecimento] e pode ser muito tarde para resolver”, alertou.
Busnardo lembrou ainda que empresas que se expandem precisam de certificações. E as certificadoras vão consultar bancos de dados, para verificar o histórico das empresas. “Se o histórico for de autuações, não é possível adquirir a certificação e a empresa oportunidades de crescer”, advertiu.
Sobre o evento
O escritório Gomes Coelho & Bordin realizou nesta quinta-feira (3/4) o evento “Gestão de Riscos Psicossociais: Mudanças na NR-1 e estratégias para a sua empresa”. Em formato de talk show, o encontro foi moderado pelo sócio Luís Alberto Gomes Coelho e contou com a participação da consultora em gestão de saúde corporativa e diretora executiva da MedH, Ana Luisa G. Coelho Seleme; do chefe da Seção de Relações de Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Paraná, Luiz Fernando Favaro Busnardo; e do médico e diretor executivo da Livon, Rodrigo Tanus.



