“Prévia da inflação”: IPCA-15 sobe a 0,33% em julho, diz IBGE

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação oficial, acelerou a 0,33% em junho, após ter avançado 0,26% em maio, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (25). Resultado foi puxado pelo aumento nos preços da energia elétrica.
O IPCA-15 subiu mais do que a expectativa do mercado de variação de 0,30% neste mês.
Em 12 meses, a prévia da inflação acumula alta de 5,30%, acima dos 5,27% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A taxa permanece acima da meta oficial do país, atualmente de 3%. Em julho, o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, foi obrigado a encaminhar uma carta aberta ao ministério da Fazenda após o estouro do teto da meta de inflação do mês anterior.
Os maiores impactos para a alta do IPCA-15 de junho vieram dos grupos de habitação (0,98% e 0,15 p.p.), transportes (0,67% e 0,13 p.p.), despesas pessoais (0,25% e 0,03 p.p.); e saúde e cuidados pessoais (0,21% e 0,03 p.p.).
No grupo de habitação, a energia elétrica residencial se destacou, e foi o principal impacto individual no IPCA-15, com aumento de 3,01% em julho, contribuindo com 0,12 p.p para o índice.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) manteve a bandeira tarifária vermelha patamar 1 vigente na conta de luz dos brasileiros para este mês.
Já o grupo Alimentação e bebidas registrou queda de 0,06% na média de preços pelo segundo mês consecutivo, com a alimentação no domicílio recuando 0,40% em julho, ante a variação de -0,24% de junho.
Habitação
Em habitação, foram apropriados os seguintes reajustes tarifários: 7,36% em Belo Horizonte (3,89%), a partir de 28 de maio; 14,19% em uma das concessionárias em Porto Alegre (5,07%), vigente desde 19 de junho; 1,97% em Curitiba (3,33%), em vigor desde 24 de junho; 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo (6,10%), vigente desde 04 de julho; e Redução de 2,16% em uma das concessionárias do Rio de Janeiro (0,44%) a partir de 17 de junho.
Combustíveis em queda
Na categoria transportes, os combustíveis recuaram 0,57% em julho, com quedas nos preços do gás veicular (-1,21%), do óleo diesel (-1,09%), do etanol (-0,83%) e da gasolina (-0,50%).
Alimentação e Bebidas
O grupo Alimentação e bebidas (-0,06%) registrou queda na média de preços pelo segundo mês consecutivo, com a alimentação no domicílio recuando 0,40% em julho, ante a variação de -0,24% de junho.
As quedas nos preços da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%) contribuíram para o resultado. Ao lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%) após a queda de 7,24% no mês anterior.